quarta-feira, 24 de maio de 2017

Link para Download: Diário Miccional e Controle Enurese Noturna




Estou disponibilizando os arquivos para impressão de Diário Miccional e Folha de Controle para Enurese Noturna. São muito uteis na avaliação das disfunções miccionais, e também para o acompanhamento do tratamento proposto, pois nos dá uma visão mais real de como está o progresso do paciente.

Para as crianças com disfunção miccional, sugiro uma anotação de dois dias, nesta folha constam vários aspectos a serem observados, como volume de líquidos ingerido, escapes urinários e aspecto das evacuações.
A folhinha de controle de Enurese é um calendário, nele poderá ser apenas anotado com sim ou não, ou a criança poderá fazer desenhos que representem noites molhadas e noites secas, como sol e chuva, alem da informação fornecida é uma maneira de estimular a criança no controle do xixi noturno.

Caso tenham alguma duvida, deixe nos comentários ou me mande um e-mail: dradesireetavares@gmail.com


Diario Miccional

Controle Enurese Noturna




sexta-feira, 12 de maio de 2017

Infecção Urinária em Crianças




A infecção urinária é definida como a invasão e multiplicação bacteriana no trato urinário, podendo acometer tanto o trato urinário superior, quanto o trato urinário inferior. A contaminação da urina se dá, geralmente, por bactérias provenientes do intestino, que ascendem ao trato urinário. É mais comum nas meninas, e tem uma taxa de recorrência próxima de 40%. A importância do diagnóstico e tratamento precoce, está em prevenir lesões renais definitivas, que levam ao risco de perda progressiva de função renal e maior chance de hipertensão na vida adulta.
Nos bebês pequenos, os sintomas podem ser inespecífico, sendo a febre o mais frequente, mas outros sinais podem chamar a atenção como irritabilidade, inapetência e baixo ganho de peso. Nas crianças maiores, outros sintomas podem estar presentes, como dor abdominal, dor para urinar, polaciúria, que é fazer xixi de pouquinho e várias vezes, e incontinência urinária em crianças que já tem controle do xixi.
O diagnóstico é feito através de uma amostra de urina que apresente crescimento de um único tipo bacteriano, este exame se chama Urocultura. A urocultura pode ser coletado através de jato médio, saco coletor ou sondagem vesical, o médico irá optar pelo melhor método, de acordo com cada criança. 
A importância do diagnóstico e tratamento precoces é minimizar a chance de cicatriz renal  e suas consequências. 
As crianças que tenham apresentado infecção urinária devem ter seu trato urinário investigado, essa avaliação pode ser mais ou menos invasiva, de acordo com cada caso.
Outro fator que deve ser lembrado e avaliado corretamente é a presença de disfunção miccional ou da síndrome de eliminações   (quando há alteração nos processos de eliminação de urina e constipação intestinal), pois estas alterações predispõe a episódios repetidos de infecção urinária, e sua correção é essencial para o sucesso do tratamento.
Nos casos complicados, com infecção de repetição e/ou alterações anatômicas encontradas durante a investigação, há a necessidade de avaliação especializada do caso, com Nefrologista Pediátrico ou Cirurgião/Urologista Pediátrico. 

Se seu filho já teve, ou tem episódios de infecção urinária, converse com seu pediatra ou consulte um nefrologista pediátrico para o acompanhamento do quadro.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Litíase Renal na Infância





A litíase renal, ou pedra nos rins, pode aparecer na infância e afetar crianças de todas as idades, desde neonatos até adolescentes. Tem um predomínio maior nos meninos e a idade mais comum de aparecimento é entre os 7 e os 10 anos. Tem sido um problema crescente na população pediátrica, devido aos hábitos modernos de vida, com excessivo consumo de alimentos ultra processados, sedentarismo e baixa ingestão de água, que é substituída principalmente por refrigerantes. Outros fatores de risco para a presença de litíase urinária são as alterações anatômicas do trato urinário, a presença de história familiar positiva para cálculo renal, infecções urinárias e algumas doenças metabólicas.
Para que se possa entender a formação das pedras é preciso saber que existem na urina fatores promotores e fatores protetores para sua formação. Não basta apenas que existam cristais na urina para que uma pedra seja formada, deve haver um desequilíbrio entre estes fatores. Urina muito concentrada, devido baixa ingestão hídrica, excesso de solutos, alteração da acidez urinária e estase urinária devido a alterações anatômicas são alguns exemplos de desequilíbrio que podem predispor a formação das pedras. 
A litíase urinária pode se apresentar como cólica renal, mas nas crianças, geralmente, a queixa é de dor abdominal inespecífica em cerca de 60% dos casos, podendo estar associada a náuseas e vômitos dependendo de sua intensidade ou pode se apresentar por hematúria  (sangramento urinário) acompanhada ou não de dor.
Cerca de 90% das crianças terão alguma alteração metabólica identificada durante a investigação de um quadro de litíase, sendo que a principal delas é a Hipercalciúria (perda de cálcio na urina), responsável por até 70% dos casos. A hipercalciúria geralmente têm um caráter familiar, e não tem relação com excesso no consumo de cálcio na dieta, é uma inabilidade renal na reabsorção do cálcio. 

Algumas medidas gerais são importantes na prevenção e tratamento das pedras nos rins, são elas:

- ingesta hídrica adequada, ter o hábito de beber ÁGUA! Deixar uma garrafinha de água à disposição da criança e estimula-lá a beber. Um cálculo aproximado da necessidade hídrica da criança é de cerca de 30ml para cada quilo de peso, não ultrapassando os 2 litros em adolescentes.
- evitar o excesso no consumo de proteínas.
- evitar excesso de sal.
- evitar o consumo de alimentos ultra processados, pois contém muito sódio e outros produtos adicionados que sobrecarregam os rins.
- manter alimentação saudável, com consumo de produtos naturais.
- praticar atividades físicas, conforme orientação do seu médico.

Portanto, manter um estilo de vida saudável é muito importante, principalmente nas crianças que têm história familiar de litíase.

Em caso de dúvidas converse com seu pediatra e se necessário consulte um Nefrologista.